A morte do trabalhador ocorre geralmente por enfarte do miocárdio ou hemorragias internas. Alguns estudiosos do tema atribuem o aumento da incidência do karoshi às formas intensas e extensas de trabalho (o Japão é o país que tem jornadas de trabalho mais extensas entre os países desenvolvidos), determinadas pela concorrência internacional. As grandes empresas onde esse processo acontece com mais freqüência procuram não reconhecer publicamente o fato, assim como as próprias autoridades governamentais.
No entanto, as novas gerações que surgiram na época da prosperidade no Japão tendem a reagir contra esse tipo de problema, não aceitando jornadas tão longas ou intensas de trabalho, dedicando mais tempo ao lazer e ao consumo. A primeira indenização a uma vítima do Karoshi conforme notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo foi paga em 1998: (Notícia do dia 24 de fevereiro de 1998).
“Juiz reconhece morte por excesso de trabalho”
"Empresa japonesa terá de indenizar família de funcionário que se suicidou"
TÓQUIO - A Kawasaki Steel Corporation terá de pagar uma indenização de 52 milhões de ienes (US$ 403 mil) à família de um funcionário que cometeu suicídio por excesso de trabalho. O Juíz Takeo Hanamoto, do tribunal distrital de Okayama, aceitou o argumento dos parentes segundo o qual as excessivas exigências de trabalho provocaram uma depressão tão profunda que acabou levando o empregado ao suicídio. Junichi Watanabe, de 41 anos, jogou-se do sexto andar de um prédio em 1991.
O suicídio ocorreu logo depois de um período de trabalho excessivo. Watanabe trabalhava na empresa havia seis meses e, durante esse tempo, havia tirado apenas dois dias de folga. A família ingressou com a ação em 1991, pedindo uma indenização de 125 milhões de ienes. Em sua defesa a empresa disse não haver nenhuma relação entre o suicídio e o longo período de trabalho. "Karoshi", ou morte por excesso de trabalho, é um fenômeno registrado na sociedade japonesa. No entanto não é fácil provar judicialmente o fato. Em dezembro, a justiça de Nagoya negou pedido semelhante que envolvia um engenheiro de 38 anos. O juiz do caso considerou que o trabalho não havia sido excessivo (Reuters).
No japão isso realmente acontece. Eles são muito pressionados, tanto os japoneses mesmo que são pressionados pela família, como os estrangeiros que não tem muitas opções de trabalho.
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